28/09/2008

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Ao andar pela rua, observa, e sem entender muito os porques de tudo isso, sente-se feliz, sentado em um banco no metrô, acredita estar sóbrio, apesar das garrafas que acabara de beber, sentia as coisas de um modo diferente, as mulheres, os prédios, carros na avenida, portas abrindo e fechando, pessoas sentadas nos bancos laranja lá fora, queria que isso nunca acabasse, não era plena felicidade oque sentia, talvez fosse algum tipo de saudade antecipada... oque estava para acontecer, a nostalgia que sentia quando sentava no metrô, e ficava a observar; via a vida que passava e queria que ela não fosse diferente do que era naqueles momentos, e, em seguida sentia-se triste por imaginá-la após tudo aquilo, as coisas que teria que suportar, mas logo tudo isso caia no esquecimento de uma forma incrivelmente natural, imaginava oque aconteceria em algumas horas, e contemplava o poder da imaginação, que o transportava para o futuro, para o passado, e ele sentia-se de fato como se estivesse em diversos lugares, indo e vindo, vertiginoso, sem se preocupar em ter controle, sem se preocupar!... via coisas que nunca aconteceriam, as via, e sentia como se de fato elas acontecessem, sorria, contraia o musculos faciais, fazia gestos sutis, quase imperceptiveis, e depois, quando voltava a si... queria voltar a divagar em devaneios, mas quanto mais queria, menos conseguia, tinha que parar de tentar involuntariamente para que pudesse retornar ao mundo que parecia não existir nos meios de semana... imaginava-se com uma mulher a seu lado, com os amigos, com o time que ganharia o campeonato, sonhava... e morria quando retornava a realidade... chegava a estação, devia descer...

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