09/03/2008

a rotina da salvação

bebemos, e jogamos baralho, conversamos, rimos, discutimos,  comemos, empolgamo-nos com o bilhar, as pessoas em volta, a musica, cerveja... é a rotina dos finais de semana perfeitos...  DSC00530

02/03/2008

sem vida

de joelhos, de cabeça baixa, o olhar altista... sujo e cansado, e agora amarrado, é alvo de uma arma, e já não liga se sobreviverá ou não, simplesmente não faz questão de viver, muitos sobrevivem aqui sobre o efeito da morfina, ele cansara-se disso e agora simplesmente respirava, estudava, trabalhava, trepava, jogava futebol, almoçava, jantava, cagava, escovava os dentes... tudo de uma forma completamente mecanica, a essencia da vida fora trocada por qualquer outra coisa pela qual nunca compreendeu direito ... e agora que se via diante da morte, não temia a nada, não entendia o por que da morte, do assassinato, se tornou o mais frio dos homens; não iria seguir ordens desta vez, não lhe importava, não queria ir lá fora ver os outros, já não suportava conviver com a face imbecil da humanidade, se eram parentes, santos... queria matar a todos... mas sabia que isso seria impossivel, então decidiu que a solução pra tudo era a morte, instantanea e indolor... --você vai morrer!! e todo seu imperio vai junto com você!!!--- inespressivel diante da afirmação, era como se não houvessem lhe dito nada, estava sendo letargico; a face palida, os cabelos bagunçados, a barba... a roupa em frangalhos... oque arma não conseguia entender era que ela era inutil, não fazia diferença alguma deferir-lhe um bala pra dentro do crânio, pois já estava morto, respirava, estava saudavel, porem morto... agora caia ele, inerte sob a atmosfera pesada do homicidio, a tez agora mais palida que antes e suja de sangue...