12/09/2010

Ulster e Infect!

Duas resenhas que não podiam faltar no blog, são de dois clássicos do hardcore paulista: O cd indelével das mulheres do Infect e os mestres da bagaceira do abc: Ulster (aperte o gatilho)... Bom, é importante ressaltar que esses dois cds foram(são) muito importante, não só com relação a sonoridade fodida, são dois álbuns indispensáveis, mas marcaram, pelo menos pra mim, meu início na literatura, a música número 15 do indelével (condicionado) fala sobre o livro 1984 do George Orwell, aliás o encarte, muito bem bolado, é divido em duas partes: uma com as letras, e outra parte com os “significados” das letras, e foi lendo oque elas queriam dizer com a música condicionado que eu descobri o Orwell, note que antes disso eu lia coisas no naipe do dan brown, portanto o salto foi enorme. O álbum ainda conta com uma versão do Restos de nada (temos que liquidar, a classe dominante!!!). Hardcore seco, direto, muito bem feito. E, o aperte o gatilho, já começa com a música instrumental, Henry Chinaski, que é o alter-ego, pseudônimo, ou qualquer coisa nesse sentido, do velho mais safado de todos: Charles Bukowski! Pra ser sincero, quando eu vi o nome eu pensei que seria algo no mesmo, ou em um sentido parecido da citação sobre o Roberto Campos, naquela música sonho médio do Dead Fish... Imaginei que fosse alguém relacionado ao mundo político da gringa... Porém é muito mais foda, nem acreditei quando comecei a ler Bukowski, ainda vou ler o livro Mulheres dele... O álbum do Ulster, ou melhor, o encarte, não fica atrás do do Infect não, com todas as letras escritas lá, e uma santa ceia mascarada igual os caras da banda, tem alguns flyers da banda também. Além de uma versão pra música pobres crianças no Negative Control, State Opression, do Raw Power, tem alguma coisa de uma novela inacabada do Charles Bukowski (the way the dead love), e um poema do Rimbaud: A eternidade, muito bem berrado. Ah, fora Viva Nós e Todos Hipnotizados do Olho Seco... Dois albuns porreta!

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